Jô Soares tem morte confirmada nesta madrugada aos 84 anos em São Paulo
Com profundo pesar, anunciamos a passagem de José Eugênio Soares, o Jô. Seu falecimento ocorreu nesta madrugada, aos 84 anos na capital paulista.
O comunicador, diretor teatral, dramaturgo, escritor, ator e músico e humorista Jô Soares, estava internado no hospital Sírio Libanês desde o último dia 28 de julho por diversas complicações de saúde.
Seu falecimento foi confirmado por sua ex- companheira, Flavia Pedras Soares em sua rede social e logo após pela amiga e vizinha Adriane Galisteu e também sua assessória de imprensa.
Segundo pronunciamento de Flavia em redes sociais, a cerimônia fúnebre será restrita a familiares e amigos bem próximos.
Biografia:
Jô nasceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1938, viveu até a adolescência nos EUA e Europa, retornou depois que seu pai teve perdas financeiras com a Bolsa de Valores.
Aos 18 anos, pretendia ser diplomata, chegando a se matricular em curso de formação, porem, a veia artística falou mais alto.
O Homem do Sputnik, filme de Carlos Manga foi sua porta de entrada para o mundo artístico
Já na telinha, iniciou redigindo textos de teleteatro e em participações eventuais no programa TV Mistério, da TV Rio.
Também foi roteirista do programa Câmera Um, da TV Tupi. Em 1959, na época, entrevistar e fazer “graça” era sua notoriedade. Nesta época também, estreava no teatro como o bispo de Auto da Compadecida.
Em 1960, em São Paulo, pode iniciar brilhante carreira como redator de TV (Show a dois, Três é demais),
ator e humorista (Cine Jô, La Revue Chic, Rifi-7, 7 Belo Show, Jô Show, Praça da Alegria e Quadra de Ases).
Foi destaque a atuação de Jô Soares como entrevistador internacional do Programa Silveira Sampaio, em 1963 e 1964. Sua fama como comediante em território nacional veio em 1967, quando estreou como o mordomo Gordon, da Família Trapo (programa que também ajudava a escrever).
Na TV Globo, foi destaque os humorísticos:
_Faça o Humor, não Faça a Guerra (1970);
-Satiricon (1973).;
-O Planeta dos Homens (1976) ;
-Viva o Gordo (1981).
Entre seus diversos personagens marcantes foram destaque:
Irmão Carmelo, Norminha, Bô Francineide , Capitão Gay, Gardelon entre outros.
Entre seus bordões, alguns dos mais se popularizaram:
“Muy amigo”, “Tem pai que é cego”, “Cala a boca, Batista”, “Vai pra casa, Padilha!” , “A ignorância da juventude é um espanto”.
Em 1973, estreou programa de entrevistas na nova casa, o Globo Gente, que posteriormente seria retirado do ar pela censura.
Nos anos 80, já com a abertura política, a emissora não apoiou o projeto para um programa de entrevistas com ele. Sílvio Santos então aproveitou a oportunidade de o contratar para o SBT com um salário recorde na TV brasileira, com direito ao programa de humor Veja o Gordo e um talk-show (Jô – Onze e Meia), que estreou agosto de 1988.
Posteriormente, Jô daria uma pausa na carreira de humorista, passando a se dedicar a atividades relacionadas à imprensa, à Literatura à música e ao teatro.
Já em 2000, ele voltaria para a Globo, no Programa do Jô, e entrevistaria aquele “que não dava entrevistas”, o dono e fundador da emissora, Roberto Marinho.
Sua obras literárias foram grande sucesso tornando-se beste seller: Xangô de Baker Street (1995) e O Homem que matou Getúlio (1998).
Jô deixa legado de reconhecimento internacional e imensurável valor e abrangência tanto às artes como à imprensa e meio artístico. Sua brilhante carreira sempre foi destaque incluindo o jornal americano The New York Times.
Orgulho para nós brasileiros. Perda irreparável.
Nossos profundos sentimentos à família!
Bertha Ferreira SA
Editora-chefe, Empresária, Estrategista Digital, Consultora em Comunicação ponta a ponta e soluções empresariais. PNL Pratictioner Empreendedora desde a adolescência, Amante de carros e filmes antigos. "Impulsionar empresas e pessoas é minha missão. "