China, um dos maiores polos comerciais do mundo, foi o maior parceiro de negócios do Brasil no ano de 2021
As empresas da China investiram cerca de US$ 5,9 bilhões no Brasil, no ano passado, com total de 28 grandes projetos, sendo os maiores no setor de petróleo. De acordo com um estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o Brasil foi o principal destino de investimentos da China em 2021. Mesmo que em 2020, devido a pandemia mundial de COVID-19, que dificultaram as viagens, à necessidade de quarentena e lockdowns em alguns países, o valor total de investimentos da China no Brasil subiu para mais de 200%.
Faixa de crescimento dos investimentos no Brasil
Mesmo que a base comparativa seja um tanto fraca, a variação de crescimento dos investimentos da China para o Brasil ficou acima da variação exterior como um todo, que subiram apenas 3,6%, ficando no total de US$ 113,6 bilhões no mundo.
O setor de eletricidade no Brasil teve 46% dos projetos da China em 2021, com 13 empreendimentos. Já na área de Tecnologia de Informação 36%, com 10 projetos. Se tratando de valor de recursos, o petróleo se destacou com 85% do total aportado, sendo mais de US$ 5 bilhões.
Análise do CEBC sobre investimentos da China no Brasil
Analistas presentes na apresentação do estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), na última quarta-feira de agosto (31), mostraram que a pauta de investimentos da China está cada vez mais diversificada e com transferência de tecnologia.
O Coordenador de Análise e Pesquisa do CEBC, Tulio Cariello, disse que a China não vem ao Brasil só para investir em commodity, e que isso tem ficado claro. De acordo com dados do CEBC, atualmente há empreendimentos chineses em mais de 20 estados brasileiros.
Variação de investimentos
Segundo a Consultora Sênior do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Tatiana Rosito, os investimentos aplicados no Brasil, em 2021, não são os mesmos de um ano para outro. Rosito explicou que, em diversos casos, empresas da China ficam por longos períodos no Brasil, com projetos no setor enérgico, por exemplo, no qual China e Brasil possuem muito em comum.
