Após comprarem a OI móvel, as operadoras Claro, Tim e Vivo querem 3,2 bilhões de volta

As operadoras de telefonia Vivo, Claro e Tim após refazerem cálculos voltaram atrás, querem um desconto no valor negociado pela aquisição da Oi.
As empresas alegam que as informações técnicas fornecidas sobre os ativos possuem imprecisões e, por isso, estão solicitando uma redução de cerca de R$ 3,2 bilhões em relação ao valor acordado anteriormente à aquisição.
A Oi, por sua vez, afirmou que discorda totalmente e alegou que houve equívocos nos números, bem como na metodologia dos cálculos. As compradoras da Oi pediram ainda uma indenização adicional de R$ 353,3 milhões além do desconto.
A Oi informou em um comunicado que:
“A companhia discorda veementemente dos valores apresentados pelas compradoras e tomará todas as medidas cabíveis no sentido de fazer prevalecer seus direitos”
No final do ano de 2020, os ativos móveis da Oi foram vendidos às operadoras concorrentes, em leilão online, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deram sua aprovação à operação.
As operadoras alegam que Oi descumpriu obrigações
Segundo a TIM, os três compradores da Oi Móvel contrataram os serviços de um consultor econômico-financeiro para que pudesse orientá-los nos processos envolvidos na aquisição da empresa. A operadora afirma que “foram detectadas divergências nas premissas e critérios de cálculo” no momento da análise e validação dos documentos. Segundo a TIM, esses papéis não chegaram antes do fechamento do negócio.
A TIM também observa indícios de descumprimento de regulamentações “relacionadas à manutenção de uma proporção mínima do vendedor nas adições líquidas de linhas” do mercado de telefonia móvel (ativações de novas linhas menos linhas desconectadas).
Agora a Oi tem um total de trinta dias úteis para apresentar uma disputa formal, e já disse que tomará as “medidas necessárias”. A empresa informou que cumprirá a data estipulada e apresentará impugnação formal, além de fornecer documentos e informações necessárias. Depois disso, a empresa tem mais cinco dias para negociar um acordo com seus concorrentes antes que a questão seja resolvida na justiça.
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